Na última edição do RioInfo, assisti a palestra da Sylvia Meireles da FÁBRICA DE CURSOS, onde ela apresentava as metodologias usadas por eles e, em determinado momento da palestra, ela deu um exemplo que achei totalmente pertinente sobre parte das metodologias usadas por eles. Ela usou como ponto de partida o exemplo de um curso on-line para ensinar o funcionário de uma cafeteria para a simples tarefa de limpar a biqueira da máquina de café expresso em um curso que começava com a “A História do Café”. Ela começava ali a introduzir os temas Microlearning e Rapidlearning.
Esse tipo de situação apresentada pela Sylvia acontece muito! É muito comum ver um projeto feito no automático, com conteúdo extremamente extenso, mas sem o devido cuidado ao tema principal. Isso pode ocorrer por diversos motivos: um briefing vago levantado pela área comercial, uma falta de comprometimento ou de experiência da equipe que produziu o curso ou até por uma falta de interesse da área de treinamento do cliente para o objetivo real da necessidade inicial, focando apenas na meta batida com a entrega de mais um curso.
Existem determinados temas ou necessidades do público alvo que precisam ser trabalhados de maneira extremamente objetiva. Pela urgência do treinamento, pelo tempo de validade do conteúdo ou simplesmente porque são temas curtos.
Quando eu trabalhava como gerente de projetos em uma empresa produtora de e-learning que tinha um contrato anual com uma grande empresa de telefonia no Brasil, esse contrato previa duas situações: uma com equipe completa e disponível para desenvolver cursos grandes e customizados (na qual eu gerenciava) e outra com duas designers instrucionais, que ficavam alocadas dentro do cliente, cada uma com um notebook e uma ferramenta de autoria instalada, com a função de atender justamente conteúdos pequenos e de saídas rápidas.
Eram elas que justamente trabalhavam nas modalidades de micro e rapidlearning. Por exemplo, a área de marketing dessa empresa de telefonia elaborou em março uma nova promoção de dia das mães, nisso era preciso produzir o treinamento sobre a promoção com bastante agilidade e velocidade, para que estivesse no ar rapidamente e treinar à tempo os milhares de vendedores que iriam receber nas lojas os clientes em potencial que comprariam um presente para entregar às mães nessa data comemorativa (em maio). Pegando o exemplo da Sylvia, nesse curso não caberia um capítulo introdutório contando a história da origem do dia das mães. Nessa situação, essa demanda ia direto para as designers instrucionais alocadas e não para equipe completa.
Conforme falei mais acima, existem conteúdos que precisam de uma produção maior, com um processo mais intercalado, designer instrucional + designer + programador + revisor ortográfico + revisor da qualidade etc, que irão desenvolver um curso mais complexo e de maneira mais artesanal. Por outro lado, existem conteúdos que são mais urgentes, que precisam ser desenvolvidos mais rapidamente e dando mais destaque aos pontos principais, passando objetivamente para o ponto que precisa ser apresentado naquele momento. Rápido, objetivo e eficiente!
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