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Há uns anos, desenvolvemos um projeto para área de T&D de uma grande corretora de imóveis com base no Rio de Janeiro, mas que atendia as principais capitais do Brasil, onde foram capacitados, nos primeiros quatro anos de projeto, em torno de 18.000 corretores, gerentes e diretores de vendas autônomos, em todo Brasil. O projeto era chamado incialmente de “Universidade Corporativa – Centro de Excelência”. Ao longo de todo o projeto, a aderência foi monitorada e o resultado foi excelente, gerando, inclusive, uma divulgação espontânea entre toda a força de vendas.

O desafio inicial era grande, pois além de serem “autônomos”, o que não garantia um efetivo engajamento nos treinamentos, também não havia um padrão nos processos, cada região treinava e trabalhava de maneira diferente.

Inicialmente o projeto foi dividido em três etapas:

. Levantamento de conteúdo
. Organização por melhores práticas
. Desenvolvimento das mídias

Na primeira etapa, como o nome já diz, foi de levantamento do conteúdo. Sentar com todos os envolvidos, entrevistar, gravar, registrar, escrever etc. Gerar o conteúdo bruto.

Já na segunda etapa, como não existia um padrão definido, foi uma excelente oportunidade de criar o padrão definitivo mapeando as melhores práticas. Para cada situação, sentávamos com o T&D da empresa, todos os regionais e mapeávamos as melhores experiências de cada regional.

Foram 11 temas levantados: desde legislação, prospecção, internet, mercado, financiamento imobiliário, entre outras. Tudo organizado e priorizando as melhores práticas!

Com os 11 capítulos finalizados, a terceira etapa foi justamente desenvolver as mídias. Agora sim começou o momento mais legal do projeto! Quais outras mídias vamos desenvolver? O projeto inicial previa o programa de capacitação presencial: apostila, apresentação PPT, plano de aulas e cartilha do multiplicador (com dicas para melhor aproveitamento do treinamento). Mas por que não desenvolver outras mídias? Veio aí o conceito do blended learning.

O blended learning nada mais é do que uma modalidade de aprendizagem híbrida, onde é possível combinar diferentes mídias, online e offline, com o objetivo de melhorar o desempenho dos alunos no tema proposto.

Para começar, criamos toda uma identidade visual que seria seguida em tudo o que fosse criado (posteriormente até pelo marketing*). Para aproximar o conteúdo dos corretores, dois personagens foram criados, um masculino, Paulo, outro feminino, Bete. Os personagens, naturalmente, eram corretores e iam apresentando o conteúdo dentro de cada solução criada. Cada uma dentro do seu contexto e possibilidades.

*Destaque para participação do pessoal do marketing durante todo o projeto, primeiro para garantir que estávamos seguindo o manual da marca à risca, segundo com seu apoio nas validações de todos os projetos gráficos criados e nas criações posteriores das peças de divulgação interna do projeto.

Também no projeto gráfico prevemos todos os elementos de apoio que serviriam como guia na organização dos conteúdos: Dicas, Observações, Curiosidade, Atenção, Importante, Glossário, Citação, Exemplos, Cases etc.

Em seguida, todos os 11 capítulos foram organizados pedagogicamente pensando nessas primeiras mídias e, em seguida, receberam o tratamento de designer gráfico a partir do padrão definido.

No momento do treinamento presencial, cada corretor recebeu um grande fichário, nos quais eles anexariam cada um dos 11 capítulos, que eles iam recebendo a cada dia do treinamento.

Em tempo, como muitos conteúdos tiveram a participação de diretores da corretora no levantamento de conteúdo, que participaram ativamente do projeto (além da expectativa grande por conta do valor investido), fizemos uma versão de luxo como um ‘mimo’ para cada diretor. Entregamos para cada diretor um box, com as 11 apostilas em capa dura e as páginas internas em papel couché premium, juntamente com uma carta de agradecimento assinada pela área de T&D, pela colaboração no momento do levantamento de conteúdo e pelo apoio no projeto.

Voltando ao blended, ao longo de todo o projeto, tivemos a liberdade de desenvolver diferentes mídias que se completavam, pensando justamente no corretor, nosso público alvo principal, além do já criado material para o presencial:

. Cursos on-line contendo o conteúdo completo de cada capítulo, totalmente reorganizados para mídia on-line e exercícios de fixação ao longo dos cursos.
. Versão dos cursos para celular, com conteúdo reduzido da versão on-line, considerando os principais pontos de cada módulo.
. Revista coquetel com jogos e atividades relacionadas ao tema de corretagem (jogo dos sete erros com plantas de imóveis, caça-palavras com principais termos da legislação vigente etc).

Além da implantação de uma plataforma LMS, com os cursos publicados, além de notícias, modelos de arquivos (padrão de e-mail marketing, carta convite, modelos de flyers, manual da marca…), código de ética, vídeos e qualquer outro conteúdo útil para o dia a dia do corretor.

No final de tudo, disponibilizávamos para aquele corretor autônomo, que não tínhamos como garantir inicialmente um engajamento efetivo nos seus treinamentos, uma série de mídias que se completavam ao longo da sua capacitação. Se estava na sala de aula com o multiplicador e o restante do seu time de corretores, ele recebia o treinamento presencial com todo o material de apoio impresso; se estava na frente do computador, ele poderia fazer os cursos on-line com os conteúdos completos ou baixar materiais de apoio no LMS; se estava indo para casa no final do dia de trabalho, poderia acessar os cursos simplificados nas versões de celular, ou até relaxar fazendo uma palavra-cruzada na revistinha coquetel que ele recebia junto ao material. Esse projeto nos levou para outro patamar nos nossos aprendizados no mundo do e-learning e nos garantiu uma parceria com esse cliente que durou muitos e muitos anos.