Não é surpresa que, no mercado de e-learning, etapas da produção são terceirizadas em alguns momentos. Como no caso de projetos que demandam tecnologia específica (realidade aumentada, 3D, realidade virtual…), por serem esporádicos, não justificam a contratação fixa desse tipo de profissional. Também, no caso de projetos muito grandes e precisam de apoio temporário até a sua conclusão.
No mundo globalizado em que vivemos, esse tipo de apoio é muito mais amplo. Existem até sites com banco de profissionais espalhados pelo mundo, nos quais você pode contratar determinado perfil, detalhar a demanda, definir o prazo, receber o que foi encomendado, pagar e pronto! Isso sem nem ter contato com o profissional (claro que isso funciona mais com tarefas específicas e objetivas, como programadores web, por exemplo).
Há um tempo atrás, trabalhei como gerente de projetos em uma empresa produtora de e-leanring, que era um braço no Brasil da matriz que ficava na Inglaterra, sendo que, além do Brasil, essa empresa também tinha outras filiais espalhadas por outros lugares do mundo.
Em muitos momentos, as filiais trabalhavam juntas em um projeto único e, cada uma, ficava responsável por uma parte do projeto. Já recebemos demandas em que a matriz da Inglaterra vendia o serviço, a equipe deles alinhava o briefing do projeto, elaborava o storyboard e o projeto gráfico. Na sequência, programadores na Índia montavam os templates para, posteriormente, vir para filial no Brasil, para nossa equipe de produção montar as telas e programar a navegação. Após a conclusão, o projeto produzido era, finalmente, enviado de volta para validação final da equipe de qualidade na Inglaterra.
Essa mesma empresa também tinha um terceiro braço nos Estados Unidos, que também nos terceirizava partes de projetos. Eram diferentes culturas, diferentes fusos horários, diferentes formas de trabalhar, diferentes ferramentas… Porém, eram excelentes trocas de experiências e aprendizados, que servia também para avaliarmos o nível do nosso trabalho em relação aos mercados de outros países.
Até mesmo esse próprio Blog tem momentos de trocas colaborativas com leitores em Portugal, Canadá, Cingapura, além de diversos outros países espalhados pelo planeta.
Concluindo, como já é sabido por todos, com a internet temos a possibilidade de acessar qualquer tipo de informação, de qualquer assunto e de qualquer site do mundo, por que não utilizar essa ferramenta para desenvolver projetos de e-learning em parceria com profissionais espalhados pela grande rede? Nesse momento de pandemia, isolamentos e home office, oportunidades perfeitas para uma maior abertura do mercado brasileiro totalmente para dentro e para fora, já que equipes estão trabalhando remotamente.
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