Momentos de crise sempre são propícios para surgirem novos empreendedores. Fato! Seja porque perderam seus empregos e tiveram uma ideia empreendedora que pode ser a solução para seus problemas ou apenas para complementar a atual renda de casa que não está mais suficiente.
É curioso como esse movimento surge rápido nesses períodos…. Basta ver nos nossos próprios círculos sociais, seja nos grupos de whatsapp da escola dos nossos filhos, nos nossos grupos de amigos, família… É brigadeiro gourmet, fotógrafos semiprofissionais, brownie etc etc etc (nada contra brigadeiros ou brownies, que na verdade adoro! Apenas constatando!).
No mundo do e-learning acontece movimento semelhante! Nos mesmos momentos de crise, surge sempre a abordagem: “Eu estava pensando aqui e tenho um conteúdo bem legal! Pensei em montar um curso on-line com esse conteúdo e botar para vender, o que acha?”.
Primeira pergunta que faço quando recebo esse tipo de abordagem é: “Por que alguém compraria o seu curso?”
Faço essa pergunta apenas no intuito de provocar a pessoa a pensar no seu diferencial: “Você é algum tipo de influencer no seu meio e todos querem fazer seu curso? Seu conteúdo é fantástico e ninguém tem um tão bom sobre o tema? Você tem uma metodologia diferenciada que ninguém no mercado tem?“. Enfim, o que o seu curso tem que fará as pessoas quererem comprá-lo?
Outro ponto importante, esse tema já existe e já foi explorado? Essa questão também é relevante, pois o que mais tem no mercado são cursos, tutoriais, vídeos explicativos no Youtube etc. Sem contar que, na internet, é possível encontrar muito conteúdo gratuito.
Perguntas respondidas e tudo foi esclarecido? Se, ainda assim, o projeto tem potencial, vamos ao segundo ponto que geralmente é ignorado quando se resolve empreender com um curso on-line: em qual plataforma on-line esse curso estará hospedado, comercializado e ministrado?
Se a pessoa só tem um único curso e nada mais, até existem portais nos quais você pode publicar seu curso e eles cuidam de todo o processo de venda, porém uma fatia dos lucros fica com a operadora do portal.
Mas, se estamos falando de um projeto bem maior, então talvez seja necessário contratar uma plataforma de LMS – Learning Management System, que consiste em um sistema de gestão da aprendizagem, necessário para todos os controles e ferramentas para aquele projeto que será desenvolvido/comercializado.
Mudando totalmente a perspectiva do tema e considerando o mercado corporativo, a primeira pergunta sobre um curso a ser desenvolvido é: esse tema é relevante para empresa? Ou seja, esse aprendizado vai ajudar a resolver algum problema ou agilizar algum processo? Se sim, ok! Seguimos… A mídia a ser produzida, considerando a estrutura na qual será publicada, a linguagem e abordagem utilizadas, além de vários outros pontos a serem considerados durante ao seu desenvolvimento, condizem com o público alvo que fará esse curso e a sua real necessidade?
Muitos são os pontos a serem considerados para que uma nova mídia seja desenvolvida e para que seu objetivo final seja cumprido: aumentar as vendas, aumentar a produtividade, aumentar a segurança de informação na empresa, engajar para atitudes mais éticas etc.
E, ao final de tudo, o que você vai apresentar para o seu cliente (seja externo no varejo ou interno dentro da sua empresa)? Será uma mídia diferenciada na qual esse cliente tenha uma experiência extraordinária ou uma mídia estilo ‘brigadeiro gourmet’ que é vendido na porta da escola do seu filho?
Enfim, a ideia aqui é não desanimar quem quer empreender ou alguma empresa que quer investir em determinadas mídias, o objetivo é apenas direcionar para um caminho mais assertivo!
Deixe um comentário