Homem e mulher analisando documento

e-learning = conteúdo + envolvimento

Há alguns anos, li a publicação sobre o Quinquenário OPM, na qual o seu diretor, Fabio Marinho, comemorava os cinco anos da sua agência e apresentava os seus principais projetos. A publicação tinha cases geniais para grandes clientes, como Petrobras por exemplo, mas teve outra parte da leitura que prendeu minha atenção: ele explicava sobre o conceito do seu trabalho e começava contando uma história de quando visitou com a família um zoológico na Áustria apenas de animais dos gelados alpes europeus.

No zoológico, eles encontraram animais bem diferentes, como a águia dourada, o íbis careca e a lontra europeia. Mas, ao chegarem ao hotel à noite, todas as crianças só falavam empolgadas sobre a experiência de terem entrado em uma pequena jaula de cães husky. Falavam como foi divertido brincar com os filhotes, descobrir como eram dóceis, seu pelo macio, seus olhos azuis… Descreveram tudo com riquíssimos detalhes e nem se lembravam dos outros animais exóticos que nunca tinham visto antes no Brasil. A partir dessa lembrança, ele explicava como funciona o marketing de envolvimento.

Li isso há bastante tempo, mas sempre que estou em uma reunião com um cliente e concluímos um projeto de e-learning em que ele fica encantado com o resultado, eu lembro na hora dessa publicação. É exatamente isso que é preciso buscar durante a execução de um projeto, o de se envolver literalmente com o cliente, não apenas receber o briefing, executar o trabalho mecanicamente e entregar a demanda. É muito mais do que isso! É estar dentro do cliente, entender a sua necessidade, perceber qual o real desafio e buscar a melhor solução para, a partir daí, construir uma experiência na qual o funcionário da empresa que está sendo treinado, se sinta totalmente envolvido com o conteúdo!

Nós, que estamos do outro lado, precisamos desenvolver o conteúdo de tal maneira, que o usuário tenha acesso a esse material e pense: “Uau! Que treinamento legal!”

Em paralelo a isso, vivemos em um mundo cada vez mais digital! Apesar de ser uma afirmação de enorme clichê, não quer dizer que não seja pertinente. Mas, em um mundo cada vez mais digital, cada vez mais percebemos que não importa o dispositivo, o que importa é o seu conteúdo. Conteúdo este, que precisa (além de ser envolvente) ser acessado corretamente independentemente do dispositivo (celulares, tablets, computadores, material impresso etc).

Nos dias de hoje, o nosso funcionário não passa todo o seu tempo utilizando apenas um dispositivo. Por isso, durante a produção de um conteúdo para treinamento, é preciso considerar as mais diversas plataformas disponíveis. E isso precisa ser transparente, porque não importa através de qual aparelho o usuário está utilizando, o que importa é o seu conteúdo e o ‘envolvimento’ do usuário com este conteúdo.

Com as novas tecnologias disponíveis, já não temos mais controle de como o usuário estará acomodado na hora que estiver acessando o seu treinamento (ou aplicativo, artigo, propaganda, o que for!). Ele pode estar sentado confortavelmente na poltrona da sua casa, pode estar no ônibus voltando para casa após um dia de trabalho, ou até em pé na copa da empresa tomando um café num momento de intervalo… Em época de pandemia então, não se sabe quando ele conseguirá parar para realizar um treinamento em dias de home office.

Por conta de todas essas possibilidades, é muito importante que o conteúdo esteja bem organizado, tenha uma dinâmica simples na qual o usuário possa interagir de maneira intuitiva e não precise perder tempo procurando a informação que ele deseja.

Não apenas isso, ele precisa encantar! Vai fazer um curso on-line com dinâmica de jogo? Uma revista coquetel com pequenas atividades apresentando indiretamente seus conceitos? Um podcast para seu funcionário ouvir exemplos de situações reais a partir de um storytelling? Um vídeo com tomada de decisões? Uma apostila impressa como material de apoio? A questão principal não é apenas sobre qual a mídia um determinado treinamento será apresentado, o que importa é a experiência do usuário! Usuário este que está no centro de tudo e a tecnologia é apenas uma ferramenta. Seu funcionário precisa se sentir envolvido com o seu treinamento!

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Alexandre Collart

Atuou em projetos para clientes como White Martins, SulAmerica, Autotrac, TV Globo, Petrobras BR, Bob’s, Mongeral Aegon, Módulo Security, Universidade Candido Mendes, Telelistas, Brasil Brokers, Prudential, Wilson’s Sons, Souza Cruz, Honda Motos, Icatu Seguros, Furnas, TIM, Laboratórios Abbott, Sebrae/RJ, Fiocruz, Claro, entre outras. Aprendendo a cada projeto entregue, a cada metodologia utilizada e a cada acompanhamento com os clientes, resultando nos textos para este Blog.

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